sexta-feira, 15 de abril de 2011
Darwinista
Na verdade estava tudo uma tremenda merda, mas eu continuava estampando aquele sorriso falso que só eu ser fazer. E depois de tanta atuação vieram me perguntar : - De onde você tira tanta força ? Ah, meu querido, minha força vem dá dor, vem do sangue árduo e quente, da falsidade, do egoísmo, do orgulho. Minha gana de continuar e tentar ser melhor sempre foi maior que o cansaço supérfluo da alma. Meu caro, a vida não mima ninguém, não há espaço para fraqueza. Ou você chora, ou faz alguem chorar. É assim a lei da seleção natural.
Doce vingança.
O ar está engasgado, os olhos continuam secos, acredite eu estou chorando por dentro. - Donzela do orgulho ferido, desiludida, pseudo-amada, completamente confusa- . É tão frio lá fora, chove tanto ... mas por incrível que pareça ser, é bem mais frio aqui dentro. Um frio cor de gelo, com gosto de saudade e resquício de possessão ... era como se parte do meu coração tivesse sido arrancada e qualquer momento poderia ser pisada e magoada. Gradativamente, um ódio ia se alastrando pelo meu corpo ... iria me pagar por isso, nem que fosse com o próprio sangue sujo.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
O tempo não passou.
O céu brilhava, o sol ardia, os pássaros cantavam e seria lindo se não fosse patético.
Calcei um all-star velho, um short marrom e blusa roxa. Baguncei o cabelo, pintei os lábios de vermelho e os olhos de preto e finalmente saí. Sem destino, sem rumo, sem documentos. Passei pela cidade da minha adolescência, ainda tinha o mesmo cheiro e aspecto, as árvores balançavam e a adrenalina que aquela cidade me ofereceu aos 14 anos era inesplicável. E lá, eu lembrei do meu primeiro cigarro, da primeira bebida, da primeira tristeza, do primeiro amor. Ai que nostalgia nojenta. Peguei minha carteira de L.A, o isqueiro prata e me afundei na fumaça. 5 haviam se passado, e as frustrações e medos eram os mesmos ... isso tudo é tão patético. Sentei em meio fio, e vi os carros passarem, parecia que em vez de nicotina eu fumava nostalgia. Tudo tão trágico, tão cômico. Eu passei 5 anos dizendo foda-se e empurrando os problemas pra debaixo da calçada, não seria agora que eu iria mudar tudo. Então, aceitei minha cretinice e fui embora, com 2 cigarros na mão, nenhum neorônio na cabeça e com lágrimas entaladas.
Super normal e rotineiro.
Calcei um all-star velho, um short marrom e blusa roxa. Baguncei o cabelo, pintei os lábios de vermelho e os olhos de preto e finalmente saí. Sem destino, sem rumo, sem documentos. Passei pela cidade da minha adolescência, ainda tinha o mesmo cheiro e aspecto, as árvores balançavam e a adrenalina que aquela cidade me ofereceu aos 14 anos era inesplicável. E lá, eu lembrei do meu primeiro cigarro, da primeira bebida, da primeira tristeza, do primeiro amor. Ai que nostalgia nojenta. Peguei minha carteira de L.A, o isqueiro prata e me afundei na fumaça. 5 haviam se passado, e as frustrações e medos eram os mesmos ... isso tudo é tão patético. Sentei em meio fio, e vi os carros passarem, parecia que em vez de nicotina eu fumava nostalgia. Tudo tão trágico, tão cômico. Eu passei 5 anos dizendo foda-se e empurrando os problemas pra debaixo da calçada, não seria agora que eu iria mudar tudo. Então, aceitei minha cretinice e fui embora, com 2 cigarros na mão, nenhum neorônio na cabeça e com lágrimas entaladas.
Super normal e rotineiro.
Novas e piores mudanças.
Eu não deveria chorar, e nem queria. Simplesmente não valia a pena, tentar ser legal e altruísta já não cabe mais. Oh Deus, como vai ser difícil te ver afundando, sendo sufocado pela tristeza do amor e não poder fazer nada, na verdade eu bem que poderia, mas até lá eu já vou ter enjoado de ser boazinha, compreensiva, amigável e blá blá. Sabe, meus demônios estão querendo sair daqui de dentro, e talvez eu queira que eles saiam. Uma novo eu, ressurgirá, e quando isso acontecer, escrúpulos será uma palavra desconhecida.
Pseudo-egoísmo.
Ai senhor, por que tanta preocupação ? Tanta precipitação ? Eu me preocupo demais com as pessoas, eu quero o bem de todo mundo ou de quase todo mundo, cadê meu maravilhoso egoísmo ? Aquele que tanto meu salvou ? A verdade, é que eu preciso parar de ligar, parar de me importar, e deixar as coisas como estão ... e se o pior acontecer, bem, eu tentei avisar.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Com alguma explicação ... explicação.
" Havia algo de insano naqueles olhos, olhos insanos.
Era mais uma madrugada de quinta-feira quase meia noite e meia, meus olhos estavam quase fechando de sono e cansaço, mas eu não queria dormir. Talvez preocupação com a prova de amanhã, ou até mesmo pertubação pelo dor de cabeça infindável, estava escutando "Camila" e essa música de certa forma me acalmava, é como se me deixasse mais livre. A noite havia sido boa, relativamente boa, nesses últimos meses nada era completamente bom, sempre faltava algo, era um vazio, não digo solidão ( a essa altura, eu já havia me acostumado com ela) pode-se dizer que não me sentia "inteira", faltava alguma parte de mim, talvez eu a perdi por ai ou talvez tivesse a emprestado e esqueceram de devolver. Mas o sono superou a vontade de encontra-la, o sono juntou-se com o cansaço e no final eu fui dormir, pela metade, sem a menor ideia de onde a minha outra parte estaria andando.
Demasiadamente estranho e cíclico.
Era mais uma madrugada de quinta-feira quase meia noite e meia, meus olhos estavam quase fechando de sono e cansaço, mas eu não queria dormir. Talvez preocupação com a prova de amanhã, ou até mesmo pertubação pelo dor de cabeça infindável, estava escutando "Camila" e essa música de certa forma me acalmava, é como se me deixasse mais livre. A noite havia sido boa, relativamente boa, nesses últimos meses nada era completamente bom, sempre faltava algo, era um vazio, não digo solidão ( a essa altura, eu já havia me acostumado com ela) pode-se dizer que não me sentia "inteira", faltava alguma parte de mim, talvez eu a perdi por ai ou talvez tivesse a emprestado e esqueceram de devolver. Mas o sono superou a vontade de encontra-la, o sono juntou-se com o cansaço e no final eu fui dormir, pela metade, sem a menor ideia de onde a minha outra parte estaria andando.
Demasiadamente estranho e cíclico.
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