quarta-feira, 1 de junho de 2011

Despedidas

O amor as palavras e o exagero me despossuíram nesse último mês. Maio, que mês medíocre. Tão medíocre que me sugou até a paixão e a adrenalina que eu sentia pela vida, me senti uma velha sedentária de 80 anos, sentada numa cadeira esperando o tempo passar. Pensei, recriei, desamei milhões e milhões de vezes, e a conclusão disso tudo ? - Eu não sirvo pra pensar antes de fazer, afinal, pensar demais é uma merda que te suga toda a coragem que otimismo te deu. Mas Maio trouxe uma coisa que nem o melhor mês já me ofereceu : a capacidade de dizer Adeus. Me desprendi de tudo que me fazia mal e disse Adeus, não um até logo como eu sempre fiz, mas uma despedida verdadeira sem rodeios, mágoas, ou qualquer cogitação de voltar atrás. Eu fui capaz de me libertar e adestrar para esquecer tudo que um dia já me obrigou a tomar doses de conhaque e fumar maços de cigarro. Finalmente eu aprendi a dizer : Ah foda-se, vai pela sombra e me esquece de vez.