terça-feira, 22 de março de 2011

Landing in london

A chuva fina do mês de março, me faz lembrar todos os beijos apaixonados que nós não tivemos e nem teremos ter.

E agora a chuva cai conforme a música de melodia suave ... e se eu te ligasse e dissesse que só penso em você ? Mudaria alguma coisa ? Talvez eu já soubesse a resposta. É ilusão minha continuar com isso, mas ... tem algo que me prende a você, e não dá pra entender de modo e nem forma alguma.

quinta-feira, 17 de março de 2011

18 de março de 2011. Ás 03:36.

Olá, meu nome é João, mas todos me chamam de Jhonny. Não tenho a mínima ideia de onde surgiu esse apelido, é vulgar e falso, falso como tudo em minha vida. Sou um adolescente normal, estudo, saio, bebo, tenho meus amores. O que me obriga a escrever nessa madrugada, não é minha maravilhosa vida monótona de jovem e sim meus muitos segredos. Creio que todo mundo tem seu lado perverso, sombrio, medonho, porem esse meu lado se aflorou mais do que é normal. Meu coração é bom, mas minha mente é poço de maldade e insanidade, as vezes chego a sentir nojo e um certo medo. Tenho desejo de sentir o gosto da carne humana, de ver o sangue de pessoas inúteis sendo derramado, de esmagar um coração e ver o sangue vermelho escorrer pelo meu pulso. Esses pensamentos ocupam minha cabeça metade do dia, fico pensando nas formas mais cruéis de assassinar pessoas ( a maioria delas, corruptos ladrões que tiram o direito da vida digna de milhares de pessoas). O mais curioso é que eu convivo todos os dias com seres humanos assim, e me controlo a todo momento para não pegar uma faca qualquer e perfurar as entranhas nojentas daquelas pessoas. A verdade é que eu apenas aprendi a domesticar e controlar meus demônios ... por quanto tempo eu não sei ... talvez esse seja o grande problema.

terça-feira, 8 de março de 2011

O mais puro clichê.

Eu andava naquelas ruas conhecidas, eu sabia que você já havia passado por elas, e na minha mais doce ilusão eu te procurava. Nos momentos de total delírio, sentia seu cheiro e escutava sua voz. Sentei no meio fio daquela rua, acendi meu cigarro de fumaça azul, tragava-o com calma, como se pudesse te prender em cada tragada. E num instante de insanidade, tentei agarrar aquela fumaça com as mãos, imaginando você. Eu precisava de ti, todos já haviam percebido, menos você.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Entre papeis rasgados e olhos escorridos.

Minha sede de liberdade sempre foi maior que meu juízo. Nunca importou se existiam regras, mas se haviam como ser quebradas. Abusei da mágica do convencimento para transformar nãos em sins. Procurava modos e mais modos de me sentir livre, por mais que essa tal liberdade seja baseada só na teoria. Dissimulava olhares e gestos e na maioria das vezes, conseguia o que queria. Minhas unhas sempre pretas e meus olhos enigmáticos sombreados sugavam qualquer informação, sendo secreta ou não. Me sentia forte, poderosa, na minha teoria os fins sempre justificaram os meios. Até que a audácia e a liberdade me subiram a cabeça, brinquei com a pessoa errada e de caçadora virei caça. Meus dons sumiram, o esmalte preto fosco descascava e eu não tinha a mínima vontade de repintá-los, os olhos ficaram límpidos e escorridos, a liberdade trancafiada no mar de solidões. E eu .. largada em um canto sujo do quarto, envolta de papel rasgado e se perguntando simplesmente o “ Por que ?”.

terça-feira, 1 de março de 2011

Lágrimas.

Tive que gritar aos céus a minha dor, comecei a falar sozinha, expliquei tudo o que sentia a uma mera sombra. Ajoelhei para as estrelas e pedi para que elas me salvassem, implorei para nuvens respostas e desenhos, tudo em vão. Meu estado era de total lástima, os olhos enigmáticos se apresentavam vazios e mortos, a voz grave e bonita já se tornava esganiçada. Eu não sabia o que fazer e em desespero, gritei para o mundo inteiro ouvir “ EU AINDA O AMO”. 2 lágrimas caíram escassas, o coração se tornava lento e as mãos inquietas. Essa era minha sina e tinha que aceita-la.

Guarde-o, ache-o, quebre-o.

Era uma fortaleza, feita de pedras rústicas e duras, media quase 3 metros. Havia um castelo gigantesco por traz, cercado pelos piores bichos da terra. Existiam portas e mais portas dentro do tal castelo, todas com fechaduras de diferentes tamanhos, tinham também aqueles portais mágicos guardados por uma pergunta secreta. Era humanamente invadir aquele território de segurança máxima, ninguém se atrevera a entrar ali. Até que meus olhos te viram, o caos se instalou naquele lugar .. lembro-me como se tivesse sido ontem .. os muros caíram, os dragões morreram, as portas abriram, deixando de forma totalmente vulnerável o que se escondia. Era inevitável que você achasse tal conteúdo, e assim o fez. Nos primeiros instantes utilizou-o de forma boa e amável, mas quando perdeu a graça, o jogou fora, sem a menor piedade. Durante anos, aquele conteúdo foi resguardado e cuidadosamente escondido, esperando a hora certa de ser descoberto, mas não, tudo foi-se a baixo de forma precoce e hoje tal tesouro vive largado pelos cantos, cheio de cortes e hematomas. Sabe o que era tal objeto ? Meu coração.